Este blogue é criado no âmbito da cadeira de “Gestão e divulgação de conteúdos online” do 2º ano do CET – Património Cultural. Apesar de ser um blogue essencialmente de carácter cultural, é minha intenção introduzir outros assuntos que aparentemente descabidos, terão certamente algum paralelismo.

quarta-feira, 6 de junho de 2012




Há mais de 40 anos, ouvi pela primeira vez este belo poema declamado pelo Ruy de Carvalho, não se diz a ninguém, mas a verdade é que quando perdido, faço deste a minha bússola.




Versão portuguesa - Ruy de Carvalho








Em espanhol - Paco Stanley

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Cá estou eu no 3º andar do Edifício da Companhia Insular de Moinhos, tal como pensei é mesmo um estacionamento para automóveis, através das janelas gradeadas vê-se o mercado, um pouco mais à esquerda, podemos ver nitidamente o reflexo deste prédio no espelhado Edifício do Instituto de Emprego, a beleza da imagem e sobretudo das grades em todas as janelas impressionam-me, parece uma prisão, mas é bonito, ainda mais bonito por não ser uma prisão. Como as aparências iludem, conheço alguém que vive também num 3º andar, com duas frentes de grandes janelas e um patamar avançado com uma boa vista, nada que se pareça a uma prisão, mas ao Guilherme, lhe foi sentenciado três anos de prisão domiciliária.
O Guy como é conhecido, arranja mil estratégias para não sentir o tempo que teima em não passar, da janela do quarto imagina vivências dos transeuntes que vê ao longe, ou dos que se sentam nos bancos do jardim, de um outro recanto, inventa histórias inspiradas nos barcos do porto ali quase próximo. Mesmo assim, o dia é demasiado longo, e a noite tira-lhe o sono. Embora condicionado mas não totalmente privado das novas tecnologias, engana-se, mas mata o tempo. Engana-se na procura desesperada de ser entendido, procura amigos, com quem possa desabafar, mas, amigos procura-se...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Depois de ler um artigo ou dois, paro um pouco, entretanto o café se acabara e da torrada apenas migalhas pelo colo, olho à volta, muitos estrangeiros bebem uma caneca de cerveja, outros, numa chávena de vidro transparente saboreiam um café com leite, há também alguns trabalhadores do mercado que provavelmente convidados por amigos que por cá passam, tomam um café e desfrutam de umas fumaças.
À volta vê-se alguns telhados, uma grande fachada toda vidrada que reflecte os acontecimentos da esplanada como se de um ecrã gigante se tratasse, ao fundo um edifício secular recuperado, onde funciona serviços relacionados com a saúde e outros, no mesmo prédio um pouco mais à direita fica um parque de estacionamento.

 Provavelmente para manter a traça original, há grades nas janelas como se de uma prisão se tratasse. Como será ver esta esplanada do outro lado das grades, a curiosidade e a imaginação tomam conta dos meus pensamentos, hei-de lá ir e levar a maquina fotográfica.